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A Inteligência Artificial (IA) pode eliminar até 92 milhões de empregos globalmente até 2030. Mas o outro lado dessa moeda raramente ganha tanto destaque: segundo o relatório Future of Jobs 2025 do Fórum Econômico Mundial, 170 milhões de novas vagas devem surgir no mesmo período — com saldo positivo de 78 milhões.
Muitas pessoas ficam divididas com esses números. Não é para tanto. O momento é de adaptação. A futurista brasileira Martha Gabriel comentou em uma palestra recente, “a tecnologia não substitui pessoas, ao menos imediatamente. Ela substitui atividades.” E ela complementa: “uma pessoa mediana empoderada por tecnologia torna-se melhor do que o maior especialista humano trabalhando sem tecnologia.”
Essa visão está alinhada com o que ela desenvolve no livro recém-laçado “A (R)evolução das Habilidades para o Futuro do Trabalho na Era da Inteligência Artificial” (Senac-SP, 2025). Na obra, Martha destaca que prosperar nesse novo cenário híbrido — onde humanos e máquinas atuam lado a lado — exige mais do que apenas saber usar tecnologia. É preciso desenvolver pensamento crítico, empatia e responsabilidade, transformando a IA em uma aliada ética, prática e sustentável para o crescimento profissional. E há bons motivos para começar agora.
E não é só ela quem acha isso. Ginni Rometty, ex-CEO da IBM, pontua que “a IA não vai substituir humanos, mas quem usa IA vai substituir quem não usa.” A frase sintetiza o espírito do novo mundo do trabalho, em que habilidades técnicas e humanas precisam coexistir.
Nesse mesmo sentido, a consultoria McKinsey destaca que os profissionais mais valorizados neste cenário são aqueles capazes de combinar raciocínio analítico, comunicação clara e fluência digital — um perfil cada vez mais raro e disputado no mercado global, como indica o relatório “The State of AI in 2024”. A pesquisa reforça que não basta apenas ter contato com tecnologia: é preciso saber aplicá-la com propósito, ética e criatividade para gerar valor real.
Da rotina para o currículo
A verdade é que a IA já faz parte da nossa rotina — aparece nas sugestões de texto do celular, nas buscas automáticas, nos aplicativos de transporte e nas redes sociais. O que falta, muitas vezes, é sistematizar esse uso. Ou seja: sair do uso passivo e aprender a aplicar essas ferramentas de forma consciente e estratégica.
Quando isso acontece, a IA deixa de ser um fantasma ameaçador do desemprego e se transforma em uma aliada poderosa no dia a dia profissional. Ou seja, muita gente já usa a tecnologia intuitivamente, mas transformar isso em qualificação, com lógica, método e prática profissional, é o que realmente faz a diferença no currículo.
E há dados que confirmam isso. Um estudo divulgado recentemente pela consultoria Global Strategy Group, encomendado pela IBM, mostra que 80% dos empregadores no Brasil priorizam quem sabe usar IA, mas 68% afirmam que não conseguem encontrar profissionais preparados. O reflexo está na remuneração: esses talentos chegam a ganhar até 46% a mais. Ou seja, quem investe tempo em capacitação cria um diferencial.
Nos Estados Unidos, um relatório da National Skills Coalition, revelou que 92% das vagas abertas exigem algum nível de competência digital, enquanto cerca de um terço dos trabalhadores ainda têm baixa ou nenhuma habilidade nesse campo. Isso mostra como o mercado se move mais rápido que a qualificação da força de trabalho.
Além disso, levantamento publicado pelo Times of India mostra que recrutadores internacionais estão cada vez mais atentos a habilidades práticas, como fluência digital, raciocínio analítico, comunicação clara e capacidade de adaptação — atributos que valem mais do que diplomas em muitas seleções. Saber disso é olhar para um futuro próximo: esse comportamento já identificado nos mercados externos, muito em breve, estará na rotina das profissões por aqui.
Se ainda não está totalmente convencido, veja algumas das vantagens que esses conhecimentos estruturados podem colaborar com seu dia a dia e sua rotina profissional.
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